3° CONGRESSO NACIONAL DE DANÇA DO VENTRE


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HOMENAGEADOS DO 3° CONGRESSO

HOMENAGEADOS DO 3° CONGRESSO NACIONAL DE DANÇA DO VENTRE

A EQUIPE DO  3° CONGRESSO NACIONAL DE DANÇA DO VENTRE TEM POR TRADIÇÃO, INFORMAR E E DIFUNDIR A ARTE DA DANÇA DO VENTRE

CONSEQUENTEMENTE HOMENAGEAMOS AS GRANDES DIVULGADORAS E DIVULGADORES DESTA ARTE.

NESTE 3° CONGRESSO NACIONAL DE DANÇA DO VENTRE, ESTAMOS HOMENAGEANDO DUAS GRANDES MESTRAS DESTA ARTE NO BRASIL

aniversário e 70 anos de Shahrazade

SHARAZADE  E LULU SABONGI

 

SHAHRAZADE

 

 

Grande e incansável divulgadora da dança oriental, rompeu fronteiras e nos brindou com sua arte milenar. Shahrazade ainda hoje mestra atuante. Formou vária grandes mestras do Brasil, dentre elas, Lulu Sabongi.

Graças a ela e outras importantes bailarias de sua época, hoje temos acesso a esta arte que tomou o coração das brasileiras.

Shahrazade é a grande mestra da dança do ventre, sua graciosidade transpira em cada movimento do seu corpo.  Sua história e sua poesia,´estão vivas para nos iluminar com sua sabedoria.

Um pouco da história de Shahrazade

Shahrazad  Madeleine Iskandarian, nasceu em Belém, na Palestina. Criou-se em Aleppo, na Síria, e em Beirute, no Líbano. De ascendência armênia, dançava desde os sete anos em festas, tendo aos nove se apresentado para o Rei Abdallah da Jordânia. Casou-se na Síria e se mudou para o Brasil, onde teve seus dois filhos Margarida e Richard. Tem como luta a valorização da arte a desligando da vulgarização.

No ano de 1979, Shahrazad Sharkey passou a se apresentar na tenda árabe "Bier Maza", cantando e dançando o "Raks el Sharki". Sempre se apresentando com roupas suntuosas, contou em suas apresentações com ilustres pioneiros da musicalidade árabe, como o alaudista Wadi Koury/Cury e o percussionista libanês Fuad Calil Haidamus (o pioneiro da percussão árabe no Brasil). Naquela época, haviam dois restaurantes em São Paulo que apresentavam shows de dança do ventre e música árabe ao vivo, eram eles: o Bier Maza e o restaurante Porta Aberta que eram freqüentados por toda a Colônia Árabe de São Paulo.

Esses dois restaurantes tiveram uma grande importância na difusão da música e da dança árabe, principalmente a partir dos anos 80. Nesta respectiva época, muitos músicos e cantores novatos que começaram a surgir, ali passaram a se apresentar. O intuito principal era tornarem-se conhecidos e, posteriormente, serem aprovados pela exigente colônia; fato semelhante também ocorreu em relação à Dança do Ventre.

No "Bier Maza", Shahrazad contava em suas apresentações com ilustres pioneiros da musicalidade árabe no Brasil: O conjuto de Wadih Cury (Wadih Koury Orquestra Árabe - conjunto pioneiro de musica árabe no Brasil) que,  em sua fase inicial, era composto por  Alaúde, Derbakke e Daff.  Posteriormente, no final dos anos 70 e começo da década de 80, introduziu-se o Violino e o Mejwiz às apresentações.

Wadih Cury fora o  primeiro alaudista árabe do Brasil. Junto ao seu instrumento, foi o primeiro músico a apresentar neste país uma composição musical árabe ao vivo.

Dentre os músicos que formavam o conjunto de Wadih Cury, destacava-se brilhantemente "o mestre dos tambores árabes do Brasil", Fuad Haidamus, que acompanhou com seu conjunto Shahrazad em sua turnê por alguns estados brasileiros.

Sempre ao lado de Wadih Cury em suas apresentações pelo Brasil, Fuad Haidamus foi o primeiro percussionista árabe a apresentar um  solo de Derbakke "ao vivo" para Dança do Ventre neste país. Aliás, Shahrazad além de ser a pioneira da Dança do Ventre do Brasil, também foi a primeira cantora árabe profissional deste país.

 

Fuad Haidamus também era alaudista, mas, evidentemente, sua primordial especialidade, era a percussão árabe. Desenvolveu um estilo  fabuloso e inconfundível especialmente criado para as  apresentações de Shahrazad. Introduzia aos solos o "estalo", acompanhado das batias normais "Ká", "Tá" e "Dum".  Atualmente, percussionistas como os egípcios Khamis Henkesh e Mahmoud Fadl, apresentam geralmente na estrutura de seus solos  o jogo de notas "Tá", "Ká", "Dum” e o "pop concha".

O conjunto de Wadih Cury fora o melhor conjunto árabe deste país durante os anos em que se apresentou. Assim, fizeram shows por todos os recantos do Brasil. Era o conjunto que sempre acompanhava Shahrazad em suas apresentações.

Shahrazad também foi a primeira cantora árabe profissional do Brasil.

A primeira geração de bailarinas árabes do Brasil, segundo consta nos registros históricos, surgiu somente na década dos anos 70, e era formada por: Shahrazad Sharkey  (pioneira, que trouxe a arte técnica para o Brasil), Mileidy, Rita, Selma, Samira, Aziza, Sandra, Magda, Vera e Zeina, todas importantes precursoras na difusão da Dança do Ventre neste país.

Trechos do artigo escrito por Vitor Abud Hiarj Sharkey

 

LULU SABONGI

Lulu Sabongi abriu espaço para a sublimação da dança do ventre no Brasil.

Sempre pioneira, pesquisadora e doadora de sua sabedoria, recebe suas pulilas com carinho e humildade.

Sua capacidade de ensinar é ímpar, nivela turmas com vários níveis de aprendizado, deixando todas maravilhadas com o que aprenderam. Sempre atualizada, Lulu une a ancestralidade e a evolução da dança do ventre contemporânea.

Se tornou um grande nome na dança, não só por sua capacidade e técnica, mas por sua simplicidade e respeito carinhoso por todas as professoras e baialrinas.

Através do trabalho impecável de Lulu, outras bailarinas se espelharam e a dança do ventre brasileira, hoje é reconhecida no mundo todo.

Elka Rodrigues

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